Ação beneficia diretamente mais de 100 alunos

Esclarecer o funcionamento dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, assegurar a acessibilidade à Justiça e promover uma aula de cidadania. Estes são alguns dos objetivos do Plano de Ação Permanente do Poder Judiciário na Escola. Hoje (4 de outubro), as aulas ocorreram em três escolas municipais de Cuiabá: Floriano Bocheneki, Coronel Octayde Jorge da Silva e Ulisses Guimarães. O plano de ação desenvolvido pela Corregedoria-Geral da Justiça beneficiará alunos das redes municipal e estadual de educação.

A juíza da Segunda Vara de Família de Várzea Grande, Christiane da Costa Marques Neves Silva, ministrou a aula na Escola Ulisses Guimarães. É uma oportunidade maravilhosa. As crianças aproveitam o momento e tiram dúvidas, e isso nos mostra muito do que elas enfrentam em seu dia a dia. Saio daqui gratificada por ter contribuído para a formação deles, salienta.

A juíza da 14ª Vara Cível de Cuiabá, Helena Maria Bezerra Ramos, que auxiliou no desenvolvimento do projeto quando ainda atuava como juíza auxiliar na Corregedoria, palestrou na Escola Floriano Bocheneki. Ela também destacou que a oportunidade aproxima o magistrado da sociedade. Um dos objetivos é interagir com a comunidade, é bom conhecer as dificuldades da população e da escola, assinala.

O juiz Abel Balbino Guimarães, da Quarta Vara Criminal de Várzea Grande, conversou com alunos da Escola Coronel Octayde Jorge da Silva. O Judiciário na Escola leva ao público infanto-juvenil um conjunto de informações que propiciará conhecimento para a cidadania. Expliquei o que faz o defensor, o promotor, o juiz, o que é a comarca e trabalhamos com exemplos práticos. O que mais me chamou atenção foram as perguntas. Muitos tiraram dúvidas pessoais. Já desenvolvo um trabalho semelhante há cerca de 20 anos, mas este é oficial e a Corregedoria está correta em promover ações como esta. Isso legitima o Poder Judiciário, ressalta.

Os alunos participantes, que receberam cartilha orientativa, demonstraram bastante interesse pelo assunto. Já li quase toda a cartilha. É legal. Depois dessa aula estou pensando em fazer Direito, revelou a estudante Ludimila Lourdes, que está no sexto ano da Escola Ulisses Guimarães. Pablo Henrique Cardoso não perdeu a oportunidade de conversar com a juíza Christiane. Já Giovana Figueiredo, estudante na mesma sala, disse que levará os conhecimentos adquiridos aos pais.

O secretário da escola, Joelson Alves da Silva, acredita que os estudantes atuarão como multiplicadores. A Justiça ganhou dezenas de estudantes que vão agir como divulgadores das informações repassadas aqui. É uma oportunidade para a cidadania, disse.

As próximas Escolas Municipais de Educação Básica da Região Norte de Cuiabá a serem beneficiadas são: Dejani Ribeiro Campos (Jardim Vitória), Gracildes Melo Dantas (Altos da Glória), Lenine Póvoas (Jardim União), Madre Marta Cerutti (Bela Vista), Senhorinha Ana Alves de Oliveira (Jardim vitória), Antônia Tita Maciel de Campos (Jardim Florianópolis), Firmo José Rodrigues (São João Del Rei), Rafael Rueda (Jardim Independência). As escolas foram indicadas pela Secretaria Municipal de Educação. Escolas Estaduais também serão beneficiadas assim que a greve em andamento tiver fim.

Um dos líderes do projeto, o servidor Gláucio Chaim Correia reforçou que as escolas participantes foram indicadas pelas Secretarias de Educação. Além dele, o líder Rodrigo Vechiato da Silveira e as colaboradoras Ana Paula Leiria Silva e Nilva Gonçalves Ferreira também participam da ação desenvolvida por magistrados, promotores, defensores e advogados.

Expansão - As comarcas de Água Boa, Querência, Juara, Pontes e Lacerda, Poconé, Paranatinga, Alta Floresta, Colíder, Mirassol D'O este, Rio Branco, São José do Rio Claro, Diamantino e Nobres, além da Capital, manifestaram interesse em participar do plano de ação. A novidade este ano é exatamente o interesse do interior do estado. Acreditamos que esse número suba. É uma chance de divulgarmos os trabalhos da Justiça e formarmos cidadãos, ponderou o coordenador do projeto , Lusanil Egues da Cruz, que ainda informou que a ação está em consonância com a Meta 4 do CNJ, que estabelece a implantação de programa de esclarecimento ao público sobre as funções, atividades e órgãos do Poder Judiciário em escolas.

Ranniery Queiroz

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