26 de Junho de 2022
- 2º Grau
Acesse: https://www.jusbrasil.com.br/cadastro
Tribunal de Justiça do Mato Grosso TJ-MT: 1006686-67.2021.8.11.0003 MT
Publicado por Tribunal de Justiça do Mato Grosso
Detalhes da Jurisprudência
Processo
Órgão Julgador
Segunda Câmara Criminal
Publicação
18/07/2021
Julgamento
14 de Julho de 2021
Relator
LUIZ FERREIRA DA SILVA
Acesse: https://www.jusbrasil.com.br/cadastro
Ementa
APELAÇÃO CRIMINAL – CRIME DE AMEAÇA E INJÚRIA NO ÂMBITO DOMÉSTICO – EXTINÇÃO DO INCIDENTE PROCESSUAL QUE DEFERIU AS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO – IRRESIGNAÇÃO MINISTERIAL – PRETENDIDO RESTABELECIMENTO DAS MEDIDAS DEFERIDAS EM FAVOR DA OFENDIDA – PERTINÊNCIA – EXÍGUO PRAZO DE 22 DIAS INSUFICIENTES PARA COIBIR A VIOLÊNCIA – MEDIDAS RESTABELECIDAS ENQUANTO PERDURAR O PRAZO DECANDENCIAL PREVISTO NO ART. 38 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL – RECURSO PROVIDO.
Embora a Lei Maria da Penha não preveja o período de vigência das medidas de urgência, a proteção deve restringir-se ao tempo necessário para resguardar a integridade física e moral da mulher e, por outro lado, não pode perdurar indefinidamente de modo a causar constrangimento indevido àquele submetido ao seu cumprimento, de maneira que sua duração temporal deve ser pautada pelo princípio da razoabilidade e por certo, o prazo exíguo de 22 (vinte e dois) dias para validade das medidas protetivas de urgência deferidas é insuficiente para assistir à mulher vítima de violência doméstica, devendo perdurar durante o prazo decadencial de seis meses.
Recurso provido.